
O leproso de carnes carcomidas
Sente-se mal e quase desfalece;
Acaricia as pútridas feridas
Sempre lambendo a lepra que apodrece.
Lambe o sangue, lambe o pus, lambe as cascas
Das feridas, e a lepra sempre cresce;
O morfético enfrenta as suas vascas
Sempre lambendo a lepra que apodrece.
Mas oh! Que sina horrível! Que má-sorte!
De sua dor o pobre nunca esquece...
Espera calmamente a própria morte
Sempre lambendo a lepra que apodrece.
No comments:
Post a Comment