A Poesia da Podridão é um blog dedicado à poesia que canta a decadência, a decomposição orgânica, o suicídio da alma e o pessimismo.
Monday, May 22, 2006
LAMBENDO REMELA DE OLHO E COMENDO CERA DE OUVIDO
Querida mulher,
Eu sei que tu quer
Meus olhos grudentos;
Tu queres lamber
Com muito prazer
Meus restos nojentos.
Com grande prazer
Te pões a lamber
A gosma amarela;
É lindo sentir
Você deglutir
A minha remela.
Oh, minha querida
A tua lambida
Me deixa excitado;
Tu lambe a gostosa
Meleca pastosa
Deste olho cansado.
Mas isso não basta,
A língua se arrasta
E adentra um ouvido;
Tu cospe no centro
E lambe lá dentro
Com gesto sentido.
A língua arremessa
E lambe depressa
De forma singela
A doce sujeira,
Gostosa nojeira
A cera amarela.
Com gosto tu come;
Essa tua fome
Provoca alarido;
Tu fica tão bela
Comendo remela
Com cera de ouvido.
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